Gely Arruda

Contos e Poesias

Textos


                                   Um novo amanhecer.

                Flora estava cansada da vida que levava, nada de bom, nada de novo, acontecia naquela cidadezinha do interior, onde morava.
               Vendia flores, e todos os dias eram as mesmas coisas,
sabia o ritual de cor, levantava cedo, o café, depois pegava as flores artificiais, que sua tia idosa fabricava e sai as vendas, e assim, tentava ganhar o sustento, das duas, pois ambas moravam juntas, desde que os pais de Flora, morreram em um acidente de carro, deixando como herança apenas a casa onde morava.
               Nem sempre vendia, sentia-se um fracasso, chegava em casa de mãos abanando, sem nada para por a mesa para a refeição, dependendo da caridade da vizinha, Dona Benta que sempre as alimentavas.
               Flora sabia confeccionar as flores, mas não tão bem quanto a tia, que modelava com cuidado e muita habilidade.
               Flora, acorda mais cedo como de costume, pois teria que retornar cedo para levar a tia Celeste ao médico, que fazia acompanhamento de um cardiologista ja há muitos anos, e sua saúde, ficou ainda mais debelitada com a morte da irmã, mãe de flora sua unica parente.
              Dona Celeste ainda não havia acordado, estranhou Flora, pois era a primeira a levanta-se. dirigindo-se até o quarto da Tia, Flora
viu que a mesma encontrava -se fora da cama, cainda no chão, chamou a vizinha, Dona Benta que constatou que Celeste tinha falecido.
              Flora não tinha dinheiro para o funeral, mas um Sr. Rico da cidade, que as vezes comprava flores de Flora se ofereceu para pagar as despesas do funeral, Flora de imediato aceitou confiando na bondade do Sr Alceu, 40 anos mais velho que ela, mas o que ela não sabia que aquilo tudo tinha um preço.
              Passados alguns dias, O Caridoso Sr Alceu, bateu na porta de Flora, que ingenuamente a abriu, ao entrar na casa Alceu foi logo acariciando os cabelos de Flora, que se esquivou, o que irritou o visitando, que pegando a força a violentou, na tentativa de escapar daquelas mãos fortes, Flora tropeça e cai, batendo a cabeça, desfalencendo.
             Ao acordar, Flora estranha o local onde está, um quarto simples igual ao seu, mas a mobília era diferente, antigas.
            Ainda tonta mal lembrava do ocorrido, fechou os olhos e foi capitulando aos poucos o que havia acontecido para poder entender.
            Derrepente uma voz bem conhecida a chamou, abriu os olhos e viu sua mãe segurando suas mãos, nem acreditava no que estava vendo, uma felicidade invadiu seu coração, ao toque suave daquelas mãos, que ela bem conhecia, caiu em lágrimas, e chorou copiosamente.
            Carinhosamente sua mãe explicou que Flora ja não estava mais sofrendo, pois tinha partido daquele mundo triste de solidão, que agora encontraria a paz, e que tinha acordado, para um novo amanhecer.
 
Gely Arruda
Enviado por Gely Arruda em 03/12/2008
Alterado em 03/12/2008
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