Gely Arruda

Contos e Poesias

Textos

Drogas, o caminho sem volta, ( Parte I )
      
                                Parte I
            Sandra, estava no 2º ano de odontotologia, filha única de uma família da classe alta da cidade do Rio de Janeiro, seus pais, médicos bem sucedidos, fizeram de tudo que puderam, para a feliciidade da filha, a amavam acima de tudo, era uma família unida e
feliz.
             A amiga de Sandra, embora fosse de família de classe alta e morando num bairro nobre da cidade do Rio de janeiro,gostava de frequentar bailes funk na periferia.
             Sábado dia do tal baile, Sandra foi para a casa da amiga, pois só assim poderia ir ao baile sem que seus pais soubessem.
             Chegando no baile funk , a música allts e as popusudas de plantão, se encarregavam de fazer a festa atrativa aos meninos do bairro, jovem ainda, 18 anos, sandra muito mimada parecia ter 15 anos.
             E no vai e vem do funk, Vanderson, vulgo, Vava, se aproxima daquela gatinha, que há muito tempo estava de olho.
             - E ai mina? É daqui da quebrada?
             Sandra achou engraçado o jeito dele falar, um sotaque diferente, pensou ela e balançou a cabeça na afirmativa.
             Dançando juntos, veio logo a intimidade do pate papo e ficaram. E assim foi por 02 meses, até que Sandra pecebeu que estava grávida, fez o texte de gravidez e deu  positivo.
             Sandra ficou desesperada e precisava conversar com Vava, mas nem sabia onde ele morava, só se encontravam no baile, não precisava saber muito, pois só estavam ficando.
             Esperou ansiosa o sábado, chegou no baile e falou a Vava, que precisava falar com ele e se podiam sair do salão.
           - Qual é mina? Tu tá me tirando da minha comodidade tá me querendo, vamos dançar depois rola.
           - O assunto é sério, será que você não pode conversar comigo?
           - Não tô gostando da parada mina, e ai o que é que tá pegando?
          - Estou grávida, falou logo de supetão, temendo não conseguir falar.
          - Nu acredito nu que tu tá falando mina, eu vou ter continuidade, ai  ó gostei da fita ai, agora vamo volta pro baile.
          - Espera ai Vava, como é que vai ficar, meus pais não sabem, o que vou fazer você tem que lá falar com eles.
          - Qual é mina não tenho que fala com ninguém não, a parada ai é nossa, pega teus panos ai e vem pro meu barraco.
          - Barraco? Você mora num barraco?
          - Qual é minha tá me tirando? Porque ando nos panos
acha que sou rico, sou do movimento sacou e na favela não tem mansão e nem palácio, moro num barraco, um comodo, mas é só meu.
          Sandra acho que seria o certo ja que ia ter um filho dele se gostavam e depois na favela também tem gente boa, e se ele trabalha no movimento deve ser alguma força sindical, uma cooperativa alguma coisa assim.
          Chegando em casa Sandra se abriu com sua mãe, que pediu que pensasse melhor ia conversar com seu pai e se Vava fosse um bom rapaz e trabalhador, poderia casar-se e morar ali, afinal a casa era grande, o fato dele morar na favela não tornaria diferente de ninguém, é que ali teriam mais conforto para o bebê. Sandra foi falar com Vava.
          - Tá ficando maluca mina? Não vou sair da favela meu trampo é lá, se quizer vem comigo ou deixa como tá.
          Sandra pensou em deixar Vava, passou uma semana sem vê-lo, mas a saudade a atormentava, estava apaixonada, deixou tudo, casa, faculdade, e foi morar com ele, afinal o amor vence tudo, eles iam vencer.
          Sandra estranha o serviço do companheiro que pouco fica em casa, mas que não saia da favela, então o questionou, Vava ficou furioso.
        - Qual é? Sabe muito bem o que faço, não te enganei, te disse que era do movimento.
         - mas que movimento Vava?
         - Se liga mulhé, tu não pode ser assim tão inocente, sou do crime tá sabendo, sou do tráfico, sou bandido, entendeu agora ou qué que eu desenhe.
         Sandra ficou calada, decepcionada, mas o amava, e ele era um bom marido, estava perto de dar a luz não ia criar caso.

                                             Continua
  
                
          
Gely Arruda
Enviado por Gely Arruda em 01/01/2008
Alterado em 04/06/2020
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